Líderes
europeus pedem por Europa mais forte em Davos
2018-01-25
16:07:45丨portuguese.xinhuanet.com
Davos, Suíça, 24 jan (Xinhua) --
A França e a Alemanha defenderam na quarta-feira, unanimemente, uma posição
coletiva sobre a construção de uma Europa mais forte, em meio ao medo de que
surjam mais divisões de ideias entre os dois lados do Atlântico, com a primeira
participação do presidente dos EUA, Donald Trump, em Davos.
"A França está de volta. A
França está de volta ao centro da Europa, porque nunca teremos sucesso na
França sem um sucesso da Europa", afirmou o presidente francês, Emannual
Macron, em um discurso de destaque durante o Fórum Econômico Mundial deste ano.
"Todas essas iniciativas e
reformas têm uma contrapartida natural que é estratégia europeia",
afirmou, pedindo mais "ambição" à União Europeia (UE).
"Aqueles que não querem
avançar não devem bloquear os mais ambiciosos", acrescentou.
A "UE deve encontrar seu
papel em um mundo globalizado e colocar a coesão social acima de uma obsessão
frequentemente observada com o crescimento", ressaltou, pedindo uma
estratégia de 10 anos da UE que liste objetivos comuns nas áreas de meio
ambiente, energia, coesão social e defesa.
A França e a Alemanha
tradicionalmente foram consideradas como a força motriz por trás da integração
europeia, mas o Brexit e os direitos remotos crescentes no continente lançaram
sombras em seus esforços até certo ponto.
Fazendo eco a Macron em seu
discurso na quarta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, também falou sobre
sua visão para o futuro da Europa, dizendo que a UE "precisa assumir mais
responsabilidade, precisamos levar nosso destino em nossas próprias mãos".
"O multilateralismo está sob
ameaça e nós realmente aprendemos as lições da história? Nós realmente não
aprendemos", disse ela, pedindo uma cooperação mais estreita na UE para
resolver problemas na Europa.
Mais especificamente, Merkel
pediu mais ações de digitalização em vez de "debater questões
filosóficas", dizendo que a UE demora muito para decidir como lidar com
grandes dados, o que atrasa a Europa.
"Agora temos que reorientar
as políticas econômicas, criando um mercado único digital", ressaltou,
lembrando que a Europa está sob grande pressão devido à presença de grandes
empresas americanas.
Enquanto isso, Merkel também
pediu esforços para enfrentar o mercado de capitais fraturado, estabelecendo
sindicatos de mercados de capitais, além de completar a união bancária, de modo
a enfrentar a crise em um estágio inicial.
Após uma série de eventos
inesperados no cenário global, incluindo o Brexit e a eleição de Trump como
presidente dos EUA, a atenção do mundo está focada na França e na Alemanha,
imaginando como responderão ao aumento do populismo, proteção e sentimentos
contra a globalização na Europa.
Apesar das declarações de boas
intenções entre Paris e Berlim, alguns meios de comunicação alertaram que
Macron e Merkel poderiam ter imaginado diferentes estruturas na UE, o que
poderia colocar os dois países em desacordo.
Der Spiegel, uma revista de
notícias semanais alemã, disse anteriormente que Macron há muito queria uma
união que ofereça maiores poderes a Bruxelas, em vez de ver Berlim
"dirigir a roda".
A nova estrela da política
europeia sugeriu anteriormente o estabelecimento de um cargo ministerial das
finanças europeias e um orçamento para a zona do euro, algo amplamente visto
como uma tentativa de transferir mais legitimidade dos governos nacionais para a
UE, o que pode levantar preocupações em Berlim.
Governo de Ruanda nega
acordo secreto com Israel sobre acolhimento de migrantes africanos
2018-01-25
10:27:28丨portuguese.xinhuanet.com
Um
policial israelense (1°e) fala com um candidato a asilo em rua de Tel Aviv,
Israel, em 23 de janeiro de 2018. No início deste mês, as autoridades
israelenses deram aos candidatos africanos a asilo, que fugiram da guerra e
perseguição, um ultimato de 90 dias para "deixar o país ou ir para outro
país", ou enfrentar a prisão, sem indicar quais seriam os outros países.
(Xinhua/Gil Cohen Magen)
Kigali, 22 jan (Xinhua) -- O
governo ruandês disse, na segunda-feira, que nunca assinou nenhum acordo
secreto com Israel sobre a deslocamento de migrantes africanos.
No início deste mês, as
autoridades israelenses deram aos candidatos africanos a asilo, que fugiram da
guerra e perseguição, um ultimato de 90 dias para "deixar o país ou ir
para outro país", ou enfrentar a prisão, sem indicar quais seriam os
outros países.
A Autoridade de Imigração e
População de Israel disse que, aqueles que deixarem o país antes de abril,
receberão 3.500 dólares americanos, passagens aéreas e outros incentivos para
deslocamento.
Segundo os relatórios, os
migrantes africanos têm a opção de voltar para os respectivos países, ou serem
deportados para Uganda ou Ruanda.
Um deputado do governo ruandês
disse, em uma declaração, que os relatórios eram "rumores". O país,
que sofreu genocídio em 1994, também reiterou sua "firme determinação de
contribuir para a questão das pessoas que se encontram na traiçoeira estrada do
exílio".
Ruanda experimentou conflitos
étnicos que deixaram muitas pessoas desalojadas e fugindo para países vizinhos.
A Aliança Ruandesa para a Unidade Nacional, antecessora do partido governante,
Frente Patriótica Ruandesa (FPR), foi formada em 1979 por refugiados ruandeses
no exílio. Em 1994, o FPR tomou o poder e encerrou o genocídio ruandês, que
tirou mais de um milhão de vidas, principalmente étnicas, de Tutsis.
"Ruanda está pronta para
ajudar, da forma que seja possível, a acolher quem chegar às suas fronteiras e
necessitar de uma casa, voluntariamente e sem qualquer constrangimento",
afirmou o comunicado.
O Ministério das Relações
Exteriores de Ruanda disse, em novembro passado, que suas portas estavam
abertas aos migrantes africanos na Líbia, em sequência aos relatórios da mídia,
que informavam que os migrantes africanos estavam sendo vendidos como escravos
na Líbia.
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