Indústria
robótica espanhola quer estar no mercado chinês "a todo o custo", diz
líder empresarial
2019-05-10 19:59:07丨portuguese.xinhuanet.com
Por Paul Giblin e Javier Ureta
Madri, 9 mai(Xinhua)
- A indústria robótica espanhola está na vanguarda da tecnologia e produz
produtos de alta qualidade, mas a China é um modelo que pode ajudar a Espanha a
continuar avançando no setor, disse à Xinhua um líder do setor.
Além disso, a China é
"um mercado muito interessante para nós e queremos estar lá a todo
custo". Temos escritórios em Guangzhou, Beijing e Shanghai para ajudar
nossa indústria de robótica a se firmar ali", disse Sonsoles Huidobro,
chefe de Tecnologia Industrial do Instituto Espanhol de Comércio Exterior
(ICEX).
Huidobro analisou o
setor de robótica durante a Global Robot Expo 2019, que foi realizada no centro
de exposições IFEMA em Madri, na quarta-feira e quinta-feira, atraindo mais de
12.000 visitantes durante os dois dias.
"O setor de
robótica é uma área fundamental para a Espanha porque combina pesquisa e
desenvolvimento e também proporciona valor agregado à nossa indústria",
disse ela à Xinhua.
De acordo com os
dados do ICEX consultados pela Xinhua, a Espanha já instalou mais de 35 mil
robôs operacionais em diferentes setores.
O número de robôs na
Espanha aumentou 6% em 2018 e já existem dois robôs por mil trabalhadores na
economia espanhola.
O ICEX é uma agência
do Ministério da Indústria, Turismo e Comércio espanhol que serve empresas
espanholas para promover as suas exportações e facilitar a sua expansão
internacional.
De acordo com
Huidobro, 48% dos robôs operam na indústria automobilística, onde a Espanha é o
nono maior produtor do mundo, fabricando 2.819.565 veículos no ano passado.
Apesar desta presença
impressionante, ainda há margem para crescimento. De acordo com os números da
Associação Espanhola de Robótica e Automação (AER), a Espanha está atualmente
em processo de expansão, vendendo 3.900 robôs no exterior em 2018.
Os números da Espanha
só são superados na Europa pela Alemanha, Itália e França, embora a China seja
o líder mundial indiscutível.
A indústria de robôs
industriais da China se desenvolveu rapidamente, com as vendas no ano passado
aumentando quase 15%, segundo as últimas de um grupo de pesquisa chinês.
Um total de 156.400
robôs industriais foram vendidos na China em 2018, um aumento de 14,97% ano a
ano, tornando o país o maior mercado mundial de robôs industriais por seis anos
consecutivos, segundo a GGII, um grupo de pesquisa chinês sobre indústrias
emergentes.
O gigantesco desenvolvimento
das principais indústrias usuárias, como a automobilística, a fabricação de
equipamentos de ponta e os aparelhos eletrônicos e elétricos, impulsionou as
vendas de robôs industriais.
De acordo com
Huidobro, isso significa que a Espanha pode aprender com o know-how chinês.
Ela também ressaltou
que a robótica não só pode transformar a economia e as formas de trabalho, mas
também pode ter um efeito positivo na sociedade.
"Este setor tem
enormes possibilidades de transformar a sociedade para melhor, ajudando a
melhorar a nossa qualidade de vida", observou.
A inteligência
artificial e a aplicação de robôs foram os dois temas principais da Global
Robot Expo.
"A sociedade tem
muito medo que os robôs e a inteligência artificial ocupem o nosso lugar, mas a
realidade é que eles podem nos ajudar muito, especialmente na tomada de
decisões", disse à Xinhua o Gerente de Marketing da Global Robot Expo,
Patrick Cyrus.
Para ajudar a
desenvolver a indústria robótica, o governo espanhol mantém o Centro para o
Desenvolvimento da Tecnologia Industrial (CDTI), que é uma instituição pública
criada para financiar projetos no setor.
"É um setor que
está em desenvolvimento intensivo no país e o governo acredita que o CDTI é
importante para ajudar a indústria a crescer", disse Pilar González, chefe
do Departamento de Promoção Institucional do CDTI, à Xinhua.
González explicou que
Espanha e China têm uma estreita cooperação bilateral graças a um programa
conjunto para financiar os melhores projetos de robótica entre os dois países.
"Nós nos
reunimos periodicamente para analisar em que queremos investir. Nossas relações
com a China são fantásticas", disse ela, antes de prever um futuro
brilhante para o setor.
"Há muitas
universidades que incluem a robótica em seus cursos e que nos proporcionam
muito talento. Estamos vendo o nascimento de uma geração de jovens empresas
cuja vocação é trabalhar em robótica e inteligência artificial",
acrescentou González.
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