domingo, 22 de dezembro de 2019

China e Brasil, parceiros grandiosos


China e Brasil aprofundam cooperação espacial
2019-12-20 19:23:22portuguese.xinhuanet.com





Taiyuan, 20 dez (Xinhua) -- A China e o Brasil continuarão desenvolvendo conjuntamente mais satélites de pesquisa terrestre e aprofundarão a cooperação espacial, disseram funcionários chineses e brasileiros depois que um novo satélite desenvolvido conjuntamente pelos dois países foi enviado ao espaço nesta sexta-feira.
O lançamento do CBERS-4A também marca o 45º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil.
Os dois países expandirão a aplicação dos dados de satélite nos seus próprios países e os que participam da Iniciativa do Cinturão e Rota, disse Wu Yanhua, vice-diretor da Administração Nacional do Espaço da China (CNSA, em inglês).
A China e o Brasil traçaram um plano decenal para colaboração no desenvolvimento de satélites de sensoriamento remoto para fins meteorológicas e de comunicação. A cooperação poderá ser expandida para o aprofundamento da exploração espacial, exploração lunar, missão tripulada e educação aeroespacial, disse Wu.
Em 1988, os dois países assinaram um acordo para iniciar o programa de satélites de recursos terrestres China-Brasil. Os dois lados compartilharam custos e desenvolveram separadamente seus sistemas. As duas partes têm vantagens e foram muito complementares.
Em 1999, o primeiro CBERS foi lançado com sucesso, dando a cada um dos dois países seu primeiro satélite de sensoriamento remoto do tipo de transmissão. Ele foi classificado como um dos dez principais avanços científicos e tecnológicos da China naquele ano.
O CBERS também foi o primeiro satélite desenvolvido conjuntamente pela China e por outro país, e foi um modelo da cooperação na tecnologia espacial entre países em desenvolvimento.
A cooperação já se estende por mais de 30 anos. Os dois países enviaram seis satélites ao espaço, e a resolução de imagens tem melhorado.
Os satélites CBERS forneceram mais de 6 milhões de imagens para os usuários dos dois países. Os dados são amplamente usados na agricultura, silvicultura, conservação de água, terra e recursos, prevenção e mitigação de desastres, produção ambiental, e tem ajudado o governo brasileiro a monitorar a floresta amazônica e as mudanças climáticas do país, de acordo com a CNSA.
Os dados de sensoriamento remoto também são oferecidos aos países em desenvolvimento de forma gratuita, e tem ajudado a monitorar desastres como incêndios florestais na Austrália, inundações no Paquistão e terremotos e tsunamis no Japão.
A China também treinou equipes brasileiras, e os cientistas e técnicos dos dois países realizaram muitos intercâmbios durante os últimos 31 anos.
"A cooperação espacial entre a China e o Brasil tem sido muito bem-sucedida e estabelece um bom exemplo para cooperação espacial entre países em desenvolvimento", disse Wu.
Marcos César Pontes, ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil, disse que a cooperação contribuiu para o desenvolvimento econômico e social internacional.
Em 2016, as agências espaciais dos países do BRICS anunciaram um plano para criar uma constelação conjunta de satélites para o sensoriamento remoto da Terra. O programa CBERS será incluído no plano, disse Wu.


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