domingo, 16 de agosto de 2015

A China em crise?

TEMOR EM TODAS AS PRAÇAS:
A CHINA BALANÇA









A recente desvalorização da moeda chinesa causou temores em todo o mundo. A segunda maior economia, com seu perfil exportador apesar do gigantesco mercado interno, sacudiu as bolsas de valores de todos os continentes e os mercados globais entraram em estado de atenção máximo:  estaria o gigante asiático iniciando uma guerra cambial? Seria apenas isto num momento que seu fabuloso  crescimento parece estagnando em 7%?  Afinal esta desvalorização aguenta preços de produtos baixos em  toda América Latina  exportadora de commodities, quase que exclusivamente? 

Afinal, com moeda mais fraca os produtos chineses ganham competitividade, acelerando assim o motor dessa economia, aumentando exportações?

Mas e seus parceiros, para quem vender uma produção de commodities alavancada por sua própria ação predatória?

Mas a desvalorização do  yuan não foi tão acelerada como o conjunto das moedas latinas o foram. O dólar subir  3,5% em relação a moeda chinesa, enquanto valorizou frente ao real 30,8%.

Não haverá uma invasão de produtos chineses.

O maior problema seria a desaceleração da china.

“A desvalorização em si do yuan não foi significativa em comparação com as que tiveram as moedas latino-americanas em 2015”, compara o economista Mauricio Mesquita Moreira, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O dólar subiu em dois dias 3,5% em relação ao yuan, enquanto se valorizou 30,8% em relação ao real brasileiro em 2015, 23,7% em relação ao peso colombiano, 12,4% em relação ao chileno, 10,6% em relação ao mexicano e 9% em relação ao argentino.

É por isso que Mesquita não teme uma invasão dos produtos industriais chineses mais baratos, apesar de Pequim ter como objetivo justamente o impulso de suas exportações diante da desaceleração econômica.

Vamos esperar a próxima semana para sedimentar certezas. O momento  não é confortável para todo o ocidente e exige cautela. Mas  mercados tão excitados conseguiriam ter cautela? Assim os riscos multiplicam e o amanha fica sem janela. O que não é e todo mal.

A maior certeza é que a china precisa do mundo e o mundo precisa da China.



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