TEMOR EM TODAS AS PRAÇAS:
A CHINA BALANÇA
A
recente desvalorização da moeda chinesa causou temores em todo o mundo. A segunda
maior economia, com seu perfil exportador apesar do gigantesco mercado interno,
sacudiu as bolsas de valores de todos os continentes e os mercados globais
entraram em estado de atenção máximo: estaria
o gigante asiático iniciando uma guerra cambial? Seria apenas isto num momento
que seu fabuloso crescimento parece estagnando
em 7%? Afinal esta desvalorização aguenta
preços de produtos baixos em toda América
Latina exportadora de commodities, quase
que exclusivamente?
Afinal,
com moeda mais fraca os produtos chineses ganham competitividade, acelerando
assim o motor dessa economia, aumentando exportações?
Mas
e seus parceiros, para quem vender uma produção de commodities alavancada por
sua própria ação predatória?
Mas
a desvalorização do yuan não foi tão
acelerada como o conjunto das moedas latinas o foram. O dólar subir 3,5% em relação a moeda chinesa, enquanto
valorizou frente ao real 30,8%.
Não
haverá uma invasão de produtos chineses.
O
maior problema seria a desaceleração da china.
“A desvalorização em si do yuan não foi significativa em
comparação com as que tiveram as moedas latino-americanas em 2015”, compara o
economista Mauricio Mesquita Moreira, do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID). O dólar subiu em dois dias 3,5% em relação ao yuan, enquanto se
valorizou 30,8% em relação ao real brasileiro em 2015, 23,7% em relação ao peso
colombiano, 12,4% em relação ao chileno, 10,6% em relação ao mexicano e 9% em
relação ao argentino.
É por isso que Mesquita não teme uma invasão dos produtos
industriais chineses mais baratos, apesar de Pequim ter como objetivo
justamente o impulso de suas exportações diante da desaceleração econômica.
Vamos esperar a próxima semana para sedimentar certezas. O momento não é confortável para todo o ocidente e
exige cautela. Mas mercados tão
excitados conseguiriam ter cautela? Assim os riscos multiplicam e o amanha fica
sem janela. O que não é e todo mal.
A maior certeza é que a china precisa do mundo e o mundo precisa
da China.
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