VALE JUSTIFICA REDUÇÃO DE CUSTOS ANTE BOVESPA
A Vale afirmou hoje (1) que o maior fator de
redução do custo operacional médio de seu minério, de US$ 23 por tonelada para
US$ 20/t nos próximos três anos, é o início de operação do projeto S11D em
Carajás, no Pará, cujo minério terá custo máximo de US$ 15 a tonelada. A
afirmação foi em resposta a uma solicitação de esclarecimentos enviada pela
BM&FBovespa sobre matéria veiculada na semana passada pela agência de
notícias Estado.
Esta decisão da VALE publicada ainda em 2014, ainda quando fez de Parauapebas o maior município exportador do Brasil, lançou incertezas quando a sua politica de super oferta básica. Acreditamos ser um erro estratégico, ter enorme capacidade instalada sem analise de cenários futuros. O mercado esta em franca baixa, sem horizonte de recuperação. Quem viver, verá.
A matéria
da agência paulista cita apresentação feita por executivos, em uma conferência
do Goldman Sachs, que aponta a expectativa de redução dos custos.
De acordo com o comunicado da Vale desta segunda-feira, a mineradora já havia
comentado seus esforços de redução de custos e seus potenciais impactos em
diversas conferências de resultados da companhia, abertas a todos os
investidores, inclusive na última conferência de resultados, ocorrida no dia 30
de Outubro de 2014.
Segundo a Vale, particularmente, a redução no custo do minério de ferro advinda
da instalação e operação da mina de S11D foi objeto de comunicação ao mercado
ainda em julho do ano passado.
“O projeto tem capacidade nominal de 90 milhões de toneladas métricas anuais
(Mtpa) de minério de ferro com reservas provadas e prováveis de 4,24 bilhões de
toneladas métricas com um teor médio de ferro de 66,7%, baixas impurezas e cash
cost (mina, planta, ferrovia e porto depois de royalties) de US$ 15 por
tonelada métrica (baseada em taxa de câmbio de R$ 2,00/ US$). O start-up de
S11D é esperado para 2S16 e atingirá sua capacidade nominal de produção em
2018”, afirma trecho do documento citado pela Vale.
A mineradora disse ainda que a referida expectativa de redução dos custos
operacionais da companhia, principalmente após o início da operação do projeto
S11D, foi amplamente divulgada, tendo sido objeto de relatório de diversos
analistas de mercado ao longo dos anos, e cita como exemplo os relatórios de
Alan Glezer, analista do Bradesco BBI, datado de 25 de setembro de 2012, e de
Jonathan Brandt, analista do HSBC Securities, publicado em 20 de setembro deste
ano.
Segundo o relatório de Glezer, o custo do minério produzido em S11D será metade
do custo atual de Carajás e vai ficar entre US$ 11 e US$ 15 a tonelada.
“A partir da produção de minério em S11D, a evolução de sua participação na
produção total da Vale em 2018 (de zero para cerca de 25% da produção de finos
de minério de ferro próprio) pode-se calcular a referida redução de custos”,
afirma a Vale no comunicado de hoje.
A matéria que gerou os questionamentos da BM&FBovespa foi publicada pelo
Broadcast na última quinta-feira (27), baseada em entrevista com o presidente
da Vale, Murilo Ferreira. Além da expectativa de redução dos custos, o
executivo falou ainda sobre os preços do minério de ferro e disse acreditar que
eles devem se se estabelecer entre US$ 85 a US$ 90 a tonelada no próximo ano.
Segundo Ferreira, pelos modelos de oferta e demanda, o preço atual está “fora
do ponto e excessivamente desvalorizado”. Na mesma entrevista, o presidente da
Vale afirmou que as minas da empresa são competitivas mesmo com preços a US$ 65
por tonelada em 2015, previstos por analistas do Citibank.
O executivo afirmou que o minério de ferro está longe do preço de equilíbrio,
que seria de US$ 83 a US$ 85 por tonelada. “Os preços estão abaixo de US$ 90
por tonelada há dois, três meses. Ninguém toma a decisão de fechar uma mina,
que envolve custos da noite para o dia”, disse Ferreira à Broadcast. Com
informações da Agência Estado.
Sede da Vale no Rio de Janeiro
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